segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Negócio tá Russo

Bastardos do império soviético querem tocar a vida sozinhos. São 4 nações menores que uma São Paulo e com PIB somado igual ao de Ouro Preto (US$ 1 bilhão). 

TRANSNÍSTRIA 

O fim da República Soviética da Moldávia fez com que os 700 mil russos do país declarassem independência do território que habitavam, a Transnístria, uma faixa de terra industrializada na fronteira com a Ucrânia. Quando o império soviético ruiu, deixou uma unidade de seu Exército na Transnístria. E, com ela, 42 mil peças de armamento, bombas, foguetes, metralhadoras e minas que acabaram contrabandeados. Sua exportação de armas não faz mais tanto barulho, mas o papel estratégico não acabou. Com o plano americano de fazer um escudo antimísseis nas fronteiras da área de influência russa, o presidente transnístrio ofereceu seu território para abrigar mísseis russos. Mas nem a Rússia reconhece o país, coitado. E ele continua visto só como parte da Moldávia. 

ABKHÁZIA
Quando a Geórgia se separou da URSS, em 1991, regiões que estavam dentro das fronteiras georgianas quiseram caminhar com as próprias pernas. Foi o caso da Abkházia. Seus 216 mil habitantes falam uma língua própria e se identificam mais com a Rússia, até porque o lugar era o resort de Stálin. É reconhecida pelo vizinho gigante e, "bônus", por Nauru, Nicarágua e Venezuela. 

OSSÉTIA DO SUL 
Também declarou independência da Geórgia e acabou servindo como um enclave russo ali. O problema é que a Geórgia se tornou aliada dos EUA e, para mostrar força, atacou a Ossétia, o que diminuiria o poder russo na região. Como retaliação, o Kremlin mandou "tropas de paz" para o quase país de 70 mil habitantes e o reconheceu, junto com a Abkházia. 

NAGORNO-KARABAKH 
Encravado no muçulmano Azerbaidjão, que também foi uma república soviética, esse território povoado por armênios cristãos entrou em guerra com os azerbaidjanos e se autodeclarou independente em 1991. O quebra-pau durou 3 anos. E os nagornianos só não foram esmagados porque contaram com a ajuda da Armênia. Hoje é ela que sustenta Nagorno. A Rússia, que é quem apita por ali, estava interessada no fim do conflito. Então impôs um cessar-fogo na região, deixando-a sob controle dos armênios étnicos. Mas era só o começo do quiproquó: a decisão irritou a Turquia, inimiga da Armênia. Em 1994 os turcos retaliaram em favor do Azerbaidjão impondo um embargo comercial aos armênios. Enquanto isso, Nagorno, com seus 140 mil habitantes, não é reconhecido nem pela amiga Armênia.