
A resposta para essa questão é bem simples, essa "maldade" só vai acabar quando não forem mais necessárias certas regras estúpidas (quando a sociedade finalmente amadurecer). Tenhamos por exemplo a recente lei que coíbe o fumo em locais públicos, francamente, é preciso mesmo uma lei para que se tenha respeito à saúde alheia?

A repercussão das tragédias que ocorrem no começo do ano brasileiro, revela uma clara tendência da opinião pública para achar que tudo poderia ter sido evitado, bastando que as autoridades tivessem agido de forma adequada e preventiva. Alguma culpa os governos têm, e eles sempre têm! O olhar negligente, populista e demagógico das autoridades sobre a ocupação e o desmatamento desenfreados das encostas é criminoso. Assim, as mortes em Ilha Grande, no Bumba ou na região serrana não só poderiam como deveriam ter sido evitadas.
Mas será que precisaria mesmo de uma intervenção do estado para mostrar que certas habitações são impróprias? Ao que parece fixaram na opinião pública a cruel esperança de que o Estado é capaz de nos manter eternamente protegidos e seguros, muitas vezes de nossos próprios erros. As reações populares trazem consigo um clamor exagerado por mais e mais intervenções, regulamentações e restrições legais sobre a atividade econômica e a propriedade privada.

A situação é ainda pior nos EUA onde ocorre uma intrusão cada vez mais frequente do estado no comportamento das pessoas, vide o caso da Califórnia onde o governo, à pedido de Ongs de proteção aos animais, controla até "o que" e "em que quantidade" é oferecido aos "pets". Brincadeira!!
A situação anda tão crítica que o "Tea Party" (movimento conservador) exige uma retração do Estado que ofereça privacidade aos cidadãos ou pelo menos que o direito de ir e vir e a liberdade de expressão sejam garantidos (pelo menos lá eles se tocaram).
Benjamim Franklin costumava dizer: “quem abre mão da liberdade, em nome da segurança, não merece nem uma nem outra”.
Para os céticos de plantão recomendo "David Harsanyi, O Estado babá — Como radicais, bons samaritanos, moralistas e outros burocratas cabeças-duras tentam infantilizar a sociedade (Editora Litteris)."